terça-feira, 13 de março de 2018

Vários Amores, uma só vida

A sociedade contemporânea advoga um ideal de igualdade não individualizada. Percebo que “igualdade” hoje significa “mesmice”, ao invés de “unidade”. A exemplo disso observamos o equivocado pleito de “igualdade entre os sexos”. Igualar para que? A polaridade entre eles é muito bem vinda, no meu ponto de vista, já que o amor erótico se baseia nessa polaridade.

Eros e Psiquê de Antonio Canova, 1793

E o amor?! Pois é... Sem amor, a humanidade não poderia existir um só dia! Um querido alemão me ensinou que “o desejo de fusão interpessoal é o mais poderoso anseio do homem. É a paixão mais fundamental, é a força que conserva juntos a raça humana, clã, a família, a sociedade. O fracasso em realiza-la significa loucura ou destruição – auto destruição ou destruição dos outros”. Pois sim! E o que tem a ver o “amor” com o “desejo de fusão interpessoal”, Sr. Fromm?! De que espécie de união falamos quando falamos de “amor”? Será que é uma resposta amadurecida ao problema da existência, ou falamos das formas imaturas de amor que podem ser chamadas “união simbiótica”?


Então te pergunto: É possível viver uma vida inteira ao lado de um único alguém? Amá-lo unicamente? Realmente não sei, pois cada ser guarda infinitas possibilidades de amor. Mas... eu humildemente guardo uma lógica (louca), que exporei a seguir: se a atividade criadora é a própria inteligência, então... se fosse possível aos amantes acessar o intelecto (aqui está a loucura do negócio), eu diria que o amor inteligente é a capacidade de amar o outro para além daquilo que ele oferece. Ou seja... ser criativo. Chamaria isso “trabalho criador”, “atividade criativa”... sei lá. 

Quem sabe isso quer dizer "amor"...
Carolina Parrode

EuroTrip não, EuropArte

Em nosso mundo dual, em muitos momentos, temos que explicar que a antítese de trabalho não é ócio, como, para a criança, o avesso de sério não é brincar. Enquanto trabalhamos, nos alegramos, amamos, somos criança, descansamos e folgamos nossas dores e ansiedades. Aonde vamos e estamos, somos nós e o nosso trabalho de aprender e ensinar a vida. Somos professoras a todo o momento, a toda a hora, em todo o tempo, permanentemente. E nosso desejo de refinamento deste ofício brincante também é invariável.





















Sabíamos, há muito, que o ser humano que não conhece a arte tem uma experiência de aprendizagem limitada. Escapa-lhe o sonho, a força das linguagens a sua volta, a sonoridade instigante da poesia, da música, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida, o significado da verdadeira existência humana. Desta feita, a “Biografia do Caminho” resolveu percorrer Portugal, Espanha e França em vias de experimentação da arte, e junto à isso compreender a história, e a lida com a realidade mundana deste continente; também, em encontros com a biografia dos mais belos e importantes artistas europeus em seus contextos de vida e subjetividades; em lugares onde o “era uma vez”, acontecia... Através de diferentes formas de registros e expressões.
















A “Biografia do Caminho” pela Europa foi uma ode à beleza, a amizade e a nossa precisão de aprendizes. “Diaspoemas” alegres, simples, bem humorados, de liberdades desmedidas, noviciados de amor pelo que fazemos. Uma compilação de coisas boas que a vida pode nos oferecer e que ficará protegido em nosso íntimo, para recordar quando formos centenárias. Lembranças de sentimentos apaixonados pelos lugares, de sorrisos brincadeiras e trovas que só amigos parceiros de muitas e diferentes viagens  constroem. Sentimentos poéticos pelo mundo, pelo outro e pela vida.



A diante, teremos "edições especiais" de publicações, relembrando entre nós e compartilhando com vocês todas as boas vivências (e as não tão boas também, rs) que tivemos enquanto "A Biografia do Caminho" percorria as estradas da Europa. E por falar em estrada... 


Tentamos por 6 minutos conscientizar você, caro leitor, a usar sacos de papel. Tentamos! 

(Bom, ao menos já avisamos sobre os momentos não tão bons... rsrsrsrs)