2018 começou dia 1º mesmo... e veio com tudo.
Mas quem sabe posso utilizar o pretexto para uma retrospectiva intempestiva.. Vamos lá:
Retrospectiva 2017 de um jeitinho bem suave... vou até usar as palavras do Voltaire, que ilustra bem meu ano de 2017...
"Gostaria de saber o que é pior: ser estuprada cem vezes por piratas, ter uma nádega cortada, passar pelas varetas dos búlgaros, ser chicoteado e enforcado num auto de fé, ser dissecado, remar na galé, sofrer enfim todas as misérias pelas quais passamos ou então ficar aqui, fazendo nada?"Em 2017 o marasmo mental e emocional passou longe e vivi muito mais nas convulsões da inquietação, do que na letargia do tédio. Ano cheio de aprendizagens! Sou muito grata por cada momento, riso e lágrimas.
Estar feliz não é sorrir o tempo todo... E se sentir corajosa e pronta para enfrentar as surpresas da vida, é uma dádiva! A somatória das minhas experiências me fizeram mais mulher... muito mais!
Em 2017 estiveram diante de mim, meus piores medos... e fui, de forma muito benevolente, obrigada a lidar com o lado mais sombrio do meus sintomas (credo).
Quase todos os meus medos se concretizaram e eu estou aqui, mais viva do que antes.
Realmente me sinto com mais vivacidade, mais capaz de amar, mais aberta, mais mulher, mais corajosa!
É claro que na memória longínqua, insiste um leve sabor amargo de algumas cicatrizes, mas sou goiana e aprendi com minha avó que o amargo da guariroba não suporta o doce da ambrosia. É só uma questão de deixar por conta do tempo, da coragem, da fé... Sim, porque o tempo é curativo e sabe passar! Passa melhor para quem quer pensar as feridas, para quem se dispõe na vida, com sabedoria e amor.
Carolina Parrode, sobrevivente (e feliz).
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